O quarto é pequeno. Seu peito é grande. Sou capaz de ser apenas eu enquanto a casa é o seu aconchego. Sempre que chove, penso que é um milagre. A sua tristeza é capaz de abarcar duzentas nuvens sobre uma cidade de pessoas esquecidas. Sobre um país de pessoas esquecidas. Sobre o corpo de uma menina pobre e frágil, que inventa estórias para não ter medo do escuro ou do afastamento. Não me esqueça, não deixe nenhum segundo escapar sem mim. É tudo o que peço. E posso chorar tanto quanto o céu, por você. Chorar ao telefone por falta de cobertura. Por silêncio. Mas não há silêncio no mundo que nos separe. E estarei ao seu lado todos os dias, mesmo que seja mentira. Não faz mal se mentirmos juntos. Eu quero que você fique, mesmo que seja de longe.
E quero recompensar todos aqueles que gastaram as fichas em nós dois. Tínhamos tudo para desviar o traçado, mas aconteceu. Ninguém mais é como você. Ninguém mais é como eu.
Ninguém mais como você encontra alguém como eu.
Mariane Cardoso
Maravilhosas suas são palavras, Mari. Quanta saudade Sereia.
ResponderExcluirO bê, não sei que tá acontecendo ): Eu comento, pra mim aparece, mas olha aí... SUMIU ):
ResponderExcluirEu já tinha comentado aqui. Ahhh ):