Nenhum outro vai saber dos sons que se formam e
o porquê de você sorrir com a mesma palavra que
faz o outro chorar. A gente vive pra ser secreta,
transposição e transbordamento, além da risca de
giz no nosso próprio telhado que goteja e inunda o
quarto trancado. E tudo isso vai morrer em segredo.


Une cruel incompréhension...



'

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

 -

     Levanta, pior: que o pão não é alimento, que o café não é amargo. Sua voz no meu ouvido sem sentido. Quero fazer arte marcial, viagem para Toronto, ingresso para Rita Lee. Vai saber como a gente foge tanto e ainda não consegue sublimar no céu, vai saber. Eu enceno um pouco porque não sou besta, porque não dou trela, porque perco mesmo o meu dia inteiro e você me conhece. Eu vivo triste. Exclusivamente por isso. E me confesso como se estivesse à beira da morte todos os dias.

Mariane Cardoso em "A Pergunta"

3 comentários:

  1. Maldito drama. Nosso drama corrói. Tudo uma grande merda, né Mari? Você é mesmo uma linda!

    ResponderExcluir
  2. Não para de escrever nunca, sério. E... obrigada pelos comentários, de verdade. Se cuide.

    ResponderExcluir
  3. "[...]viagem para Toronto..." *-------------*

    ResponderExcluir

Alguma luz
vai escapando
e só eu
sinto.

Quem sou eu

Minha foto
18. Menos artista, mais idosa. O prefácio, o retórico, o histórico, o profético, o pró, o fétido, o esplendor e tudo mais o que cabe no poético.