Camuflo o que é simples. Eu queria ser novo ou velho o suficiente para ser um só, com espaço de sobra onde não só filosofia/teologia/poesia tivessem passe livre. Aquele velho papo de se encontrar e saber dizer, dar a palavra, colocar a mão no fogo. Aquela velha luz à meia-noite de uma semana antipática. Eu queria me sustentar sem nada. Ter coragem de não esperar futuro, sem objetivos, sem destino pela frente, sem estradas ou cidades ou pontes por onde ainda possivelmente irei passar. Desprovido dos mapas e das letras de canções da geração anterior. Sem ilusões, sem riscos, sem vítimas ou propósitos. Sem conhecer as histórias, sem gente para servir de inspiração, sem passado. SÓ EU. Sozinho. Para inventar vida de onde nunca saiu sequer um sopro de ar.
Mariane Cardoso em "Confissões de um Espírito Revirado"
Ah, Mari, ah... Tu sempre tem um jeito de me prender. E de me (e te) mostrar a mim. A mins.
ResponderExcluirA saudade é um sentimento pedindo para voltar.
ResponderExcluirEntão volta.
Que suas palavras nunca se percam. Me encontro nelas.
ResponderExcluirPreenchendo vazio de palavras. Te agradeço, Mari.