Nenhum outro vai saber dos sons que se formam e
o porquê de você sorrir com a mesma palavra que
faz o outro chorar. A gente vive pra ser secreta,
transposição e transbordamento, além da risca de
giz no nosso próprio telhado que goteja e inunda o
quarto trancado. E tudo isso vai morrer em segredo.


Une cruel incompréhension...



'

domingo, 15 de janeiro de 2012

-

Creio ainda que não foi por amor
nem por segurança pessoal - o meu crime.
Parece-me de longe
base de vaidade e orgulho
e de sentimentalismo bobo
que põem conhaque em qualquer prato de sopa.
(...)

Não mergulho em mais ninguém
pois no dia em que mergulhei
vi centenas feito eu
parados na fila de espera
sem rifle e sem juízo
de boca bem vedada
incuravelmente machucados
e culpados em todos os aspetos e fases do mundo
feito eu.

Mariane Cardoso em "Debulhei"

Um comentário:

  1. Lindoo demais..
    Parece que sei lá.. agente se encontra nas palavras.
    Me vi totalmente neste poema

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Alguma luz
vai escapando
e só eu
sinto.

Quem sou eu

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18. Menos artista, mais idosa. O prefácio, o retórico, o histórico, o profético, o pró, o fétido, o esplendor e tudo mais o que cabe no poético.