Nenhum outro vai saber dos sons que se formam e
o porquê de você sorrir com a mesma palavra que
faz o outro chorar. A gente vive pra ser secreta,
transposição e transbordamento, além da risca de
giz no nosso próprio telhado que goteja e inunda o
quarto trancado. E tudo isso vai morrer em segredo.


Une cruel incompréhension...



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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

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Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
E soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

Carlos Drummond de Andrade em "A Rosa do Povo"

5 comentários:

  1. sou louca pra saber o nome das músicas que tocam no seu blog. você poderia dizer?
    adoro isso aqui!

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  2. Nesse link dá pra olhar o nome de todas as músicas:
    http://www.hypster.com/flash/player.swf?id=2958414:3605549:0&autoplay=true

    e muito obrigada *-*

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  3. Querida ! Que regravou essa música do Adam que toca no seu blog ? *___*

    grata

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  4. Bárbara Monique, não é? Você não tem vergonha de vir aqui depois de pegar vários textos meus e colocar no seu blog sem créditos? Que papel, viu.

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  5. Não era eu q usava o blog antes era uma amiga minha.q o mantinha enquanto eu ñ podia . Podes até notar q o blog mudou totalmente . Desculpe por qualquer desavença anterior... bjoos :*

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Alguma luz
vai escapando
e só eu
sinto.

Quem sou eu

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18. Menos artista, mais idosa. O prefácio, o retórico, o histórico, o profético, o pró, o fétido, o esplendor e tudo mais o que cabe no poético.