Bem maior que a minha febre é a superfície do sol. Vamos nos enganando, segurando na corda com cada vez mais força, os braços doendo, a mente cansando, vamos negando o fundo porque temos medo da saudade. A saudade da superfície. Tudo muito iluminado, claro, nítido. Quente e teoricamente aconchegante. É por isso que ninguém afunda, na luta para permanecer perto do sol. Mas, veja bem, é o corpo negro que você tanto afasta, tanto grita, tanto desespera, que pode lhe dar a resposta. Você sabe que eu não estou mentindo. Não tem erro. O meio vai sugando você numa proporção inversa. O escurecimento é a ação da luz na sua pele. O escurecimento é a ação da superfície no seu coração.
Então, existe um corpo negro. Fundo, alguns fantasmas a rondá-lo. É de lá que saem as respostas que você precisa. Eu visito e terei olhos dilatados para sempre, pois quem entra jamais sai. Mas mergulho. Quanto mais longe, melhor. Morro de medo. E ainda assim viro poço. Mergulho: é no escuro que se incandesce.
(Mariane Cardoso)
Então, existe um corpo negro. Fundo, alguns fantasmas a rondá-lo. É de lá que saem as respostas que você precisa. Eu visito e terei olhos dilatados para sempre, pois quem entra jamais sai. Mas mergulho. Quanto mais longe, melhor. Morro de medo. E ainda assim viro poço. Mergulho: é no escuro que se incandesce.
(Mariane Cardoso)
Bem isso mesmo, quase sempre quando estou confuso ao extremo fico com o corpo negro, e mergulho em uma imensidão... E sempre acho as respostas, ás vezes demora, mas sempre acho!
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